segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Quando se está perdido no tempo as estações surpreenderão com a surreal beleza. Quando sente-se o mês inteiro pesar nos últimos três dias e antes do anoitecer não cabe nem o despertar completo. Há dias em que apenas o conselho luminoso das estrelas consegue nos abrir os olhos. Enxergamos o universo inteiro e o brilho molhado das coisas e somos loucamente imersos. Quando as palavras se exaustam, quebram e perdem a razão para viver. Quando o cotidiano e a alma se anulam, o melhor a fazer é perder-se no tempo. Uma tecla preta e uma tecla branca. O calendário de 1993 na parede com uma imagem de Stephen Hawking em um fundo de galáxias e sistemas cósmicos. O calendário de 2002 em preto e branco ao lado.